10 de mai. de 2011

História da Fiat 147




Inaugurada em 1976 a Fiat veio produzir no Brasil o Fiat 147 que era derivado do italiano Fiat 127. Segundo a fábrica o 147 foi testado por mais de um milhão de quilometros. Quando apresentado no salão de 1976 já enfrentou logo de cara preconceitos em relação ao tamanho, aparente fragilidade, som do escapamento etc. Contudo era algo bem diferente do que se via aqui, o Fusca com tecnologia já defasada e o Chevette que apesar de novo seguia outra direção.



O 147 L se mostrou bastante esperto no transito da cidade e logo foi conquistando consumidores que aos poucos foram gostando do simpático Fiat, no fim dos anos 70 e inicio dos 80 o 147 chegou a superar o Fusca e Brasilia nas vendas.

Outro ponto forte do 147 era sua estabilidade, que foi destacada pela imprensa como o melhor carro brasileiro nesse quisito, ele trazia uma moderna suspensão independente nas quatro rodas com pneus radiais montado em rodas aro 13"

Seu pequeno motor de 1048 cilindradas tinha 57 cavalos brutos com comando de válvulas no cabeçote (de alumínio) acionado por correia dentada que mas tarde viraria um problema pela baixa durabilidade, problema que continuou no Fiat Uno e Palio. Sua velocidade máxima era de 135 km/h.


O 147 foi o primeiro carro brasileiro com motor transversal

Em 1977 a linha já estava mais extensa, tinha nas versões básica, L, GL e furgão. No ano seguinte chegava a 147 Pick-up, que era a primeira pick-up derivada de um carro de passeio no Brasil, tinha o mesmo tamanho da versão hatch, tinha espaço últil de 650 litros e limite de carga de 380 quilos.



No mesmo ano também chegava ao mercado a versão Rallye que tinha um motor de 1300 cilindradas que foi desenvolvido a partir do 1.048 mediante ao aumento do curso dos pistões, esse motor rendia 63 cvs. Por fora o destaque eram as faixas pretas na lateral, spoiler dianteiro, faróis auxiliares, rodas esportivas e uma pequena tomada de ar no capô. No interior o 147 Rallye trazia cintos de segurança de três pontos, bancos reclináveis e um painel com conta-giros, voltímetro e manômetro de óleo.



Em 1979 foi lançado o primeiro carro a álcool do mundo, era o Fiat 147 com motor 1300 que rendia 63 cavalos brutos, com esse motor ele ficou mais esperto que o modelo a gasolina.

Em 1980 chega sua primeira reestilização conhecida como Europa. Sua nova frente ganhou um capô novo com desenho mais aerodinâmica, os faróis ficaram retangulares e eram acompanhados das luzes de direção e lanterna, a grade ficou ligeiramente mais inclinada e os pára-choques passaram a ser de plástico polipropileno e vinham nas cores cinza ou preto.



Nessa época o 147 oferecia 4 versões, a L (básica), GL, GLS e Rallye além da pick-up que mantia a frente antiga e a furgão. Também havia duas opções de motor, o 1.050 para a L e GL e o 1.300 a álcool ou a gasolina para a GLS e a Pick-up.


Fiat 147 Furgão

A versão GLS vinha equipada com encosto de cabeça nos bancos dianteiros e dois no banco traseiro que era uma inovação na época, os bancos eram forrados com tecido conhecido como pé de galinha que era uma espécie de camurça. Seu painel era bem completo e vinha equipado com conta-giros, indicador de temperatura de água, manômetro de óleo, e relógio. O vidro traseiro era térmico de série e todos eram verdes.

O Rallye trazia uma nova decoração externa e mantia a tomada de ar, spoiler dianteiro, faróis auxiliares e rodas esportivas, também tinha vidro com faixa degradê. Por dentro havia o painel bem equipado com volante de três pontas. O motor 1.3 tinha carburador de corpo duplo e chegava a perturbar carros de potência maior.

Em 1980 chegava também a versão sw que recebia o nome de Panorama, nome já utilizado na perua do italiano 128. Com uma ampla area envidraçada que justificava seu nome ela era 30 cm maior que o modelo hatch e tinha como ponto principal o espaço interno de 730 litros até o teto e 1.440 com o banco rebatido.



Logo a pick-up passou a ter a mesma base da Panorama ficando mais longa e com maior capacidade de carga, 570 kg. A frente Europa só veio em 1982 e também foi rebatizada de Fiorino, no mesmo ano também chegou a versão furgão da Fiorino que tinha o teto mais alto após a cabine. Também havia as curiosas versões que eram a Settegiorni que tinha bancos na traseira para levar passageiros, a Vetrato com vidros na traseira que deixava a carga a mostra e por fim a Combinato que tinha bancos laterais para passageiros.









A versão top de linha trazia ignição eletronica, volante desenhado pelo estúdio italiano Bertone e o destaque maior que ficava por conta do teto solar que era opcional. Sua velocidade final era de 150 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 16 segundos. A versão básica agora se chamava 147 C.

Para a economia de combustível as novidades eram a válvula Thermac (de termopneumática) e o sistema cut-off (corte). A válvula era usada inicialmente nos motores a álcool, e servia para comandar o envio de ar aquecido pelo coletor de escapamento para o filtro de ar e daí para o motor. O sistema cut-off cortava a alimentação de combustível em desacelerações, como nos atuais sistemas de injeção eletrônica.

Em 1983 chegava uma nova frente para a 147 e Panorama, também vinha o Spazio que era uma versão mais luxuosa que trazia um farol maior, novas lanternas e vidro traseiro maior também. Na mecânica a novidade foi o novo câmbio de 5 marchas adotado para o motor 1.300.



A versão esportiva recebia o nome de TR que trazia dois aerofólios traseiros e faróis auxiliares.



Em março do mesmo ano chegava a versão três volumes para deixar ainda maior a variedade de modelos, o destaque do Fiat Oggy era o tamanho do seu porta malas que chegava a ser maior do que alguns modelos de categorias superiores, porém seu desenho não agradou muito, a traseira alta com linhas retas destoava bastante o resto do carro.



Com o lançamento do Uno em 1984 o 147 começou a ficar ameaçado, com linhas avançadas, amplo espaço interno e a mesma mecânica do 147 o novo carro começava a fazer sucesso e as vendas do 147 foram caindo.

Em 85 o Oggy saia de linha e em 86 era a vez da Panorama que foram sucedidos pelo Premio e Elba, o 147 passou a vir com a mesma frente do Spazio porém mantia os para-choques estreitos o que não ajudou muito na sua sobrevivência.

O 147 acabou saindo de linha no mesmo ano restando apenas as versões utilitárias.

Fonte de informações: Bast Cars
Novo texto: Gabriel GTi

4 comentários:

  1. e está a mostra até os dias de hoje a primeira FIAT 147 fabricada no Brasil na concessionária millocar,no valqueire pela google maps dá até para ver a frente dela na vitrina da concessionária.

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  2. Olá adorei teu blog, Parabéns. Fique a vontade para visitar o nosso “Bahia Infoco - Humor e Curiosidades” e seja um seguidor especial.

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  3. mt bom post, esclarecedor pra qm tem mt saudade dessa epoca boa
    abs

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  4. Interessante a matéria. Parabéns!!

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